Rebeldes e Marginais: Cultura nos Anos de Chumbo (1960-1970)

Um mix de ensaios de Heloisa Teixeira com fotografias e QR codes que exploram a cultura dos anos de chumbos Durante um longo período de sua vida, Heloisa Teixeira (ex-Buarque de Hollanda) estudou obstinadamente a produção cultural brasileira sob a mão pesada da ditadura militar e da censura. Sobre esse tema, ela escreveu uma tese de doutorado, quatro livros e inúmeros artigos examinando a cultura como resistência e afirmação da juventude rebelde da época. Agora, aos 84 anos, ela decide compartilhar essas fontes, reunir e reorganizar o material que produziu sobre esta época mágica, quando a cultura enfrentou estruturas, ditaduras e soube sonhar novos futuros. Este livro é, portanto, um precioso apanhado de décadas de pesquisa apresentado a partir de um olhar atual sobre o que aconteceu naqueles anos 1960/1970. Em uma série de QR codes, a autora disponibiliza ainda documentos e entrevistas raras que fez pessoalmente com personagens chave dessa época, que mudou para sempre a cultura do país.


FEMINISTA, EU? LITERATURA, CINEMA NOVO, MPB

Neste ensaio inédito, baseado em larga pesquisa e em uma série de entrevistas, Heloisa Buarque de Hollanda analisa o papel das mulheres em campos chave da cultura brasileira, como a literatura, o Cinema Novo e a MPB, entre os anos 1950 e 1980, evidenciando atuações pioneiras de artistas que fizeram o feminismo avançar, mesmo sem, muitas vezes, se dar conta dessa fundamental atuação. Afinal, é comum que a militância feminista seja vista separada da força política da produção cultural das mulheres.

Nessa recuperação histórica acompanhada de uma afiada análise crítica, Heloisa – que tem, ela mesma, um papel de destaque na construção de repertórios para as lutas feministas – traz à luz esse elenco de mulheres que impuseram a presença feminina e as pautas feministas na cena artística e mudaram definitivamente a cultura do país. São nomes como Elis Regina, Rita Lee, Leci Brandão, Joyce Moreno; Carmen da Silva, Carolina Maria de Jesus, Ana Cristina Cesar, Marina Colasanti e Marilene Felinto; Adélia Sampaio, Helena Solberg, Vera Figueiredo, Eunice Gutman e muitas outras que têm seu pioneirismo reconhecido como marca na história do feminismo brasileiro..

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29 Poetas Hoje

Quarenta e cinco anos depois do lançamento de 26 poetas hoje, me peguei pensando: quem está fazendo a poesia agora? Quem são as marginais? Não me surpreendi com a presença das mulheres, que já era óbvia. Cada uma com sua dicção e seu estilo, reuni nessa edição vozes de uma geração pulsante e combativa, que impressiona pela força, pela coragem e pelo talento. As 29 poetas hoje é uma antologia que fala sobre identidade, sexo, amor, fúria, política e o Brasil de agora.

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26 Poetas Hoje [1976]

Em tempos de censura e de repressão, plena ditadura, no ano de 1976, em uma época batizada por Zuenir Ventura de "vazio cultural", publiquei uma antologia que causou furor. 26 poetas hoje trazia a atmosfera coloquial e irreverente que marcaria a década de 1970, também chamada de geração mimeógrafo ou geração marginal. Eram poetas que estavam à margem do circuito das grandes editoras e que produziam seus livros de maneira artesanal, em casa, em pequenas tiragens vendidas em centros culturais, bares e nas portas dos cinemas. Ao reunir esses poetas que engrossavam o caldo da contracultura, o livro foi uma resposta direta aos anos de chumbo e se tornou um clássico da poesia brasileira, referência incontornável para escritores e leitores de poesia.

Agora reeditamos esse poderoso numa edição de bolso, pra andar por aí junto das poetas de hoje!

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Pensamento feminista hoje - Sexualidades do sul global

A ideia para este quarto volume da coleção Pensamento Feminista surge durante a pesquisa realizada para o livro Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Naquele momento, se tornava claro que a trajetória das experiências, desejos, classificações e conceitualizações sobre o corpo, e mais especificamente sobre a sexualidade, marcavam (ou permitiam) os saltos epistemológicos da história dos estudos de gênero.

Os textos aqui reunidos mostram a virada experimental corporal e sexual conduzida progressivamente pelos estudos e expressões artísticas e ativistas lésbicos/queer no nosso sul global.

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Pensamento feminista hoje - Perspectivas decoloniais

Categorias e questões consolidadas pela comunidade acadêmica feminista tornam-se arenas de disputa e invenção. Como construir um feminismo sem levar em conta as epistemologias originárias? Sem absorver as gramáticas das lutas e dos levantes emancipatórios que acompanham nossas histórias? Como podemos reconsiderar as fontes e conceitos do feminismo ocidental? Uma nova história, novas solidariedades, novos territórios epistêmicos impõem urgência em ser sonhados.

Para apresentar um panorama do pensamento decolonial feminista, este livro reúne trabalhos de 22 autoras que dimensionam essa fundamental contribuição para o debate atual.

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Pensamento feminista brasileiro - Formação e contexto

Este livro tem como missão reunir as contribuições seminais de pensadoras feministas que emergiram entre os anos 1970 e 1990, e seus reflexos ainda no começo do século XXI, e que possibilitaram a existência de um pensamento feminista no Brasil, consolidado a partir do empenho e do trânsito dessas mulheres entre a universidade, a militância e a política. Parece fundamental no contexto atual, em que os estudos feministas e também o ativismo ganham espaço no país, que os nomes dessas importantes pensadoras brasileiras afirmem seu lugar para as novas gerações, a partir do conhecimento e reconhecimento de uma atuação que entende os estudos feministas como um campo de contínua expansão, afirmação e resistência.

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Pensamento feminista - Conceitos fundamentais

Na década de 90, organizei o Tendências e Impasses, o feminismo como crítica da cultura (1994), com autoras feministas e conceitos naquele momento fundamentais. Agora, tento uma recuperação e atualização desse trabalho. São dezenove ensaios, passando pelas pioneiras Joan Scott, Nancy Fraser, Sandra Harding e Monique Wittig, Audre Lorde, Patricia Collins, Gayatri Spivak, Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro. E a frente mais radical e mais jovem, em que Judith Butler e Paul Beatriz Preciado se destacam.

É preciso fazer um alerta: que o feminismo do século XXI coloque na agenda a urgência do questionamento das tão perigosas quanto dissimuladas tecnologias de produção das sexualidades e a responsabilidade de recusar qualquer hierarquia ou prioridade na luta contra a opressão de todas as mulheres, em suas mais diversas características de gênero, raça, etnia ou religião.

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Explosão feminista - Arte, cultura, política e universidade

Esse livro a muitas mãos tenta entender de onde vem a força avassaladora do feminismo na última década e as mudanças pelas quais ele passou ao longo dos anos. Junto com mulheres da nova geração feminista, ativistas, poetas, artistas, e pesquisadoras, vemos os muitos feminismos que compõem o cenário brasileiro atual convergirem e divergirem. Como podemos definir esta quarta e explosiva onda? Quem são as mulheres que estão à frente dos movimentos hoje e o que elas reivindicam? Como a militância vem impactando a política, o comportamento e, sobretudo, a criação artística?

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Rachel Rachel

Eu me prometi, várias vezes, por vários anos, fazer um livro de fôlego sobre Rachel de Queiroz. Analisar sua obra moderna, seu perfil feminista, sua paixão política, seu estilo único, sua firmeza no trato com a palavra. Mas nunca escrevi esse livro. Aqui, reúno ensaios e fragmentos sobre Rachel e seu trabalho.O livro inclui os seguintes textos: “A roupa de Raquel um estudo sem importância”; “Rachel de Queiroz, profissão jornalista”; “Como entender Rachel de Queiroz?”; “O ethos Rachel”. E ainda, um texto que escrevemos, ela e eu, a quatro mãos: “Dona Fideralina de Lavras”

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Zona Digital (organizado com Cristiane Costa)

Em 2010, foi criado o espaço Zona Digital - uma experiência online, que pretendia investigar as possibilidades narrativas abertas pelas novas tecnologias. Em seu conjunto, o site Zona Digital foi um agarrador de links, notícias, arte, experiências e artigos, tanto nacionais quanto internacionais, buscando ser uma fonte de referência bibliográfica sobre o tema. Este livro é uma primeira iniciativa de agrupar o conteúdo produzido no site e lançá-lo em novo formato e para novos públicos. A seleção priorizou os artigos sobre arte e tecnologia, estéticas e políticas que emergiam naquele momento.

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Cultura como recurso

Este livro é parte da coleção “Cultura é o quê?”, linha editorial lançada pela Secretaria de Cultura da Bahia. Apresenta-se, a cada volume, uma reflexão sobre algumas das inúmeras questões que atravessam o campo cultural. Os textos, sistematizados em livretos, são frutos de pesquisas ou exposições de ideias feitas por autores destacados pela atuação na discussão crítica e participação na área cultural. Neste volume, o quarto da coleção, falo sobre os usos da cultura, o hip hop e a literatura marginal.

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Escolhas - Uma autobiografia intelectual

Esse é um pouco do meu caminho na academia e na produção intelectual, acompanhada de nomes e fatos importantes do pensamento e da arte do século XX. Um livro híbrido, mistura de ensaio e autobiografia, apego à tradição e ao futuro.

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Enter - Antologia digital

Tudo indica que a era da gaveta está definitivamente enterrada. O escritor que guardava seu texto sem perspectiva de publicação, e ia à luta em busca de um crítico ou autor de renome que legitimasse seu trabalho e, quem sabe, o encaminhasse para alguma editora, já vai longe no tempo. O novo autor, agora com a grande janela www à sua disposição, posta seu texto frequentemente ainda em versão preliminar e o disponibiliza para um público amplo e diversificado, incluindo-se aqui, com alguma sorte, o tão sonhado editor.  

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Otra línea de fuego. Quince poetas brasileñas ultracontemporáneas (org com Teresa Arijón)

Esta é uma antologia arbitrária que reune quinze poetas brasileiras nascidas entre 1946 e 1988 e em plena, efervescente produção - sendo Ana Cristina César a única excessão. Com a potência de um incêndio, apresentamos, aqui, ao leitor espanhol o generoso magma poético do país geograficamente mais extenso (e um dos mais diversos) da América do Sul. Respondendo à lúdica, brodskiana "capacidade da linguagem de ir mais rápido e mais longe do que se espera", conjugamos escrituras felizmente díspares em sua inteligência, sua insistência feroz, sua maneira radiante de estar no mundo e interpretá-lo.

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Asdrúbal trouxe o trombone - memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70

O grupo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone foi sucesso de público e crítica desde sua estréia, em 1974, com O inspetor geral. A montagem de Trate-me, leão, com Hamilton Vaz Pereira, Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Perfeito Fortuna, Evandro Mesquita, Nina de Pádua e Patricia Travassos, fez do Asdrúbal o representante do que se passava nos corações e mentes da juventude dos anos 70. Este livro resgata a trajetória do grupo - contada nas vozes dos próprios atores -, o clima de época, o impacto de suas peças e o inconfundível estilo-Asdrúbal de fazer teatro e ver a vida. Com um projeto gráfico que lembra a atmosfera das montagens do grupo, este projeto é fartamente ilustrado com fotografias, desenhos e manuscritos.

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(Coleção Melhores Crônicas) Rachel de Queiroz

Durante quase oitenta anos, Rachel de Queiroz traçou em suas crônicas um amplo e colorido painel da vida brasileira, registrando fatos históricos, quadros da vida carioca e nordestina, perfis de figuras ilustres ou populares, numa espécie de conversa com o leitor, que enfeitiçava e continua enfeitiçando. Neste livro, organizo algumas de suas melhores crônicas. É só começar.

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Puentes/Pontes. Poesia argentina e brasileira contemporânea (org com Jorge Monteleone)

Esta antologia bilíngue ofrecia um itinerário poético possível dos últimos 50 anos (a contar de 2003), à maneira de um mapa em que cada autor se assemelha a um ponto - para os antigos - à figura misteriosa, e a seu modo amplia, modela ou mesmo quebra com as regras do cânone. Aqui, apresentamos um registro que refletia certo presente, sem perpetuá-lo, e buscamos guiar o leitor através da escritura que talvez tenha mais riquezas e mais desafios: a dos contemporâneos.

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Impressões de Viagem - CPC, vanguarda e desbunde (1960/70)

As impressões dão conta do período final da década de 50 até a queda do Ato Institucional n° 5, em dezembro de 1978. A viagem é uma investigação de três momentos da produção cultural brasileira da época: a arte revolucionária do Centro Popular de Cultura (CPC), o Tropicalismo e sua censura à intelligentzia de esquerda, a proximidade com os canais de massa e o desbunde, arte marginal do início dos anos 70, alternativa à produção e veiculação do mercado.

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Ana C: Correspondência incompleta

“Cartas e biografias são mais arrepiantes do que a literatura”, diz Ana Cristina César numa das cartas que compõem o conjunto desta correspondência entre a poeta e suas melhores amigas. Entre fotos, cartões postais e originais, o leitor vai encontrar um pouco do cotidiano e da intimidade de Ana Cristina, uma das figuras mais prestigiadas da literatura dos anos 70, cuja morte precoce ainda causa impacto nas novas gerações.

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Tendências e Impasses - o feminismo como crítica da cultura

O que permitiu a consolidação do pensamento feminista num momento em que se apregoam o fim da ideologia e a ineficácia das contestações? O discurso das mulheres tem despontado, cada vez mais, como uma força no campo acadêmico e impõe-se como tendência teórica inovadora e de forte potencial crítico e político. Os ensaios reunidos aqui mostram um largo espectro de produção crítica das mulheres e fornecem uma trilha segura para a compreensão das questões feministas contemporâneas.

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Pós-Modernismo e Política

Os ensaios reunidos neste livro mostram a necessidade inadiável de reavaliação das premissas da arte moderna. Menos que ruptura entre projetos culturais e políticos, as novas políticas de produção cultural evidenciam uma constante negociação com os termos das várias modernidades possíveis. Pós-modernismo e política pretende ajudar a reflexão sobre a viabilidade de um pós-modernismo de oposição e examinar as perspectivas de produção intelectual e artística a partir dos anos 70.

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Quase Catálogo 2 - Artistas plásticas no Rio de Janeiro (1975-85)

O que faziam as mulheres nesta época no campo das artes plásticas?  Como terão vivido e experimentado estes 10 anos tão complexos e ricos em questões que envolviam mudanças políticas, embates geracionais e especulação financeira no reino das artes?  Teriam os avanços e debates em torno da condição feminina, promovidos pela Década Internacional da Mulher, se refletido na produção artística feminina ou facilitado de alguma forma sua inserção no mercado?  A partir dessas questões fiz um levantamento da produção artística feminina nesses 10 anos, com a ajuda de alguns depoimentos das duas gerações que atuaram neste período.

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Quase Catálogo 1 - Realizadoras de cinema no Brasil (1930-1988)

Essa é a primeira publicação da série Quase Catálogo. Este trabalhou reuniu o número surpreendente de 195 cineastas e 479 filmes produzidos de 1930 a 1988. Podemos dizer surpreendente porque, apesar da intensa produtividade da mulher no mercado cinematográfico do país, conforme comprova este quase catálogo, os sinais dessa evidência são curiosamente recebidos com grande surpresa - e em geral investidos de um inequívoco sentido de descoberta. Aqui estão também reunidos alguns cartazes de filmes e fac-símiles de documentos de imprensa que registrassem a presença e a repercussão do trabalho das mulheres no cinema brasileiro.

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Cultura e Participação nos anos 60 (com Marcos Augusto Gonçalves)

De um lado, o Cinema Novo de Glauber Rocha, os Centros Populares de Cultura da União Nacional dos Estudantes, o Teatro Oficina, o Arena, a Tropicália, do outro lado a força física travestida de Governo, a partir do golpe de 64. Nos anos 60, a efervescência das ideias e das artes não sobreviveu às baionetas. As baionetas no poder, porém, não sobreviveram ao tempo e, na hora da feitura deste livro, duas décadas depois, reapareciam movimentos culturais, debates sobre a participação popular na cultura e muitas das interrogações que inquietavam artistas e intelectuais dos anos 60. Algumas das respostas repousam intactas no passado.

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